Sinto falta de um amigo. Um amigo sem interesse, para brincar.
Sinto falta de mim; daquela garota que tinha uma história viva
(O que era falar com ela todos os fins de semana?)
Havia realidade - eu era real.
Os outros eram o mundo, eram paisagem, o cenário onde nossa brincadeira acontecia. Somente nós éramos reais.
Quantos enterros meus fiz!
Sepultei-me várias vezes,
e ainda não estou lá onde me deixei.
Vago.
O que sobrou de mim? Pele, carne, ossos,
pedaços organizados em forma de corpo.
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