Nalgum lugar sem tempo
sinto seu corpo jovem.
No poço
de minhas mágicas aletrias
você existe várias vezes, você existe
várias formas,
fluindo
por todos os ramos de minha árvore sanguínea.
No lastro dos meus sonhos
você
está vivo: todo sorrisos,
esquecido
dos amores de outras noites.
Diz palavras
labirintos para meus ouvidos
como quem de repente acode um nascimento.
E então mais uma vez puxo-lhe
do fundo infinito eu
para ter
suas mãos na boca cega do meu desejo.
Depois da realidade,
dentro de mim, você é assim:
o homem cansado da máscara da tragédia
que se liberta e vem
com
vontade de ser mais.