Nalgum lugar sem tempo
sinto seu corpo jovem.
No poço
de minhas mágicas aletrias
você existe várias vezes, você existe
várias formas,
fluindo
por todos os ramos de minha árvore sanguínea.
No lastro dos meus sonhos
você
está vivo: todo sorrisos,
esquecido
dos amores de outras noites.
Diz palavras
labirintos para meus ouvidos
como quem de repente acode um nascimento.
E então mais uma vez puxo-lhe
do fundo infinito eu
para ter
suas mãos na boca cega do meu desejo.
Depois da realidade,
dentro de mim, você é assim:
o homem cansado da máscara da tragédia
que se liberta e vem
com
vontade de ser mais.
o amor... e mau
ResponderExcluiro amor e mau... muito mau
se embrenha nas florestas
esperando as criancinhas.
E come as vovos, e titias...
tambem cheira a prima,
e lambe a virgem maria
degustando-a como um pao doce,
de acucar envelhecido
O amor oferta o paraiso
Enche o rio da fronteira
entre o conforto e o medo
entre o sentido e o suicidio
O poeta tentou se suicidar
ou quase...
em ultima hora lhe faltou coragem
para ser poeta de verdade.
E assim resolveu... ver o dia
e experimentar o mundo real
regido pelo sol,
por tudo aquilo que e normal
e viu...
os homens irem a seus trabalhos
despedirem de suas mulheres,
beijando-as nos labios.
o engarrefamento da consolacao
e da Augusta
E viu, o homem sao,
o tormento do bebado estropiado,
o banco ocupado, por dois belos homens
enamorados
O almoco rapido,
do servinte apressado.
A fila desdobrando a esquina
do edificio-pai, o vai e vem,
transpondo o corpo urbano
Exatas-numericas-mentes abstratas
histericas...
cidade- sitio humano,
o por do sol
fim da tarde
distante - arrastado
de sonho e a realidade.
Este poema faz par com um outro que escrevi (está aqui). Da menina tomando chá de canudinho...
ResponderExcluirPedro, você está com ideias, menino!