domingo, 25 de abril de 2010

Literatura Fluida

Nessa vida a gente vai se tornando e deixando de ser também. Não dá para estender o passado se quisermos entrar no futuro. Ficar é uma palavra estranha pois a permanência nunca tem sentido. O devir, contudo, cria lugares, lugares do ser, lugares onde o ser é reconhecido – morrerás sendo, tendo sido.
Espaço... O que fica nunca é o tempo, é o espaço. Que espaço quero construir? Em que espaço quero ser reconhecida? Que espaço quero ser?
Sou um espaço. O espaço está na matéria e não em seu em torno vazio. O tempo é a sua chance.
Não sei falar do som que ouço agora. Ele não é meu, mas está em mim, deu tantas voltas…Vou construindo aos pedaços minha capacidade de dizer. Não acho que tenho nada a dizer, mas sou um ponto de sintetização de espaços.

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