Quero assim, sem precisões, na paz das vacas.
Quando o mundo só está.
Esta brisazinha quente que anuncia chuva...
Quero assim mesmo, no colocado,
sem demanda, sem caractere.
No eu aqui, você lá, eles por aí,
e nenhuma querência.
Uma preguiça bem encaixada no tempo
dizendo que não há tempo,
pressa dos acontecimentos.
- Se vamos morrer? É claro que vamos. Então para quê urgência?
Só o prazer
de não achar que falta,
de não pensar que devia,
de não querer que fosse.
Quero assim:
no conforto de acordar sem saudade,
sem desejo de alteridade.
No sentimento de ser só mais uma
coisa posta.
Um pedacinho de nada.
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