terça-feira, 5 de outubro de 2021

Gravidade

Entre a autocompaixão e o flagelo

Noventa graus

Não existe ponto de equilíbrio no cair

marcado pelo vértice,

meu corpo pêndulo

tomba e derrama água

salgada com sangue.


Vai, balança! 

Deixa pesar na volta.

Vai, esfola! 

Deixa rasgar a pele.

Vai, levanta! 

Desapareça. 

3 comentários:

  1. Que lindo Ana! Me fez lembrar o trapézio voador!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi! Ah, que legal que gostou! Fico feliz. Eu não venho muito aqui. Só para publicar algum poeminha torto :-) Obrigada.

      Excluir
  2. Que lindo Ana! Me fez lembrar o trapézio voador.
    To conhecendo hoje seu blog. 😍

    ResponderExcluir