sábado, 17 de setembro de 2011

Infância

Vivi, Natália, Fernanda, Dudu, Marquim, Tonho, Rafa, Júnior, Marcelo, Matheus, Gabriel, Natalinha, Edinho, Isabela, Adriana, Marina, Tiago, Murilo, Demá, Du Tangerina, Tatiana, Fabíola e Lisa.

Éramos tantas crianças. Todas nascidas entre 78 e 84, muitos irmãos e irmãs, que brincaram e aprontaram muitas na Vila Formosa em São José do Rio Pardo.

Quantas traquitanas, brigas, complôs e parcerias. Ah, se os muros das casas, os telhados, as vielas, as árvores, as pedras da rua tivessem memória!...Ainda veríamos essas crianças a colorir os cantos do bairro.

E minha casa, a casa da Neide (o seu Antônio que ficava puto conosco e saia xingando porta afora com o Tilim de guarda-costas), a casa do tio Rê...? Todas palcos para nossa fértil imaginação.

Vamos brincar de quê? Assim começava a rotina naqueles tempos.

Aí, como havia de ser, crescemos. A Fernanda começou a trabalhar tinha uns treze anos, o Dudu logo cedo mergulhou no stand de tiro e começou a estudar para o vestibular, a Ná começou a namorar o Rodrigo, a Lisa, a dançar e fazer teatro; o Marquim também foi trabalhar, a Vi estudar em Aguaí e todo os outros também tomaram seus rumos. Alguns até já se casaram e produziram novas crianças; a Isabela partiu.

Minha memória adocica quando lembro desta infância,
que ainda vive em mim confundindo os anos:
tudo parece distante como se tivesse sido um sonho, mas não passa de uns quinze anos ali atrás
na curva de um passado recente.
Quem eu fui, quem nós fomos,
quem eram aquelas crianças que um dia foram apenas filhos de brasileiros do interior de São Paulo e viviam felizes sem saber que
o tempo age,
tudo se transforma,
a história se faz
e a lembrança se mistura ao ar como fumaça?

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